domingo, 21 de agosto de 2011

Peculiar

esta pureza
presente na loucura infame
mal amada
reprime teu anseio vil
presente na mente obsecada
contraditória
me faz boneca morta
jogada a beira do mar
mar que me apavora
respectiva hora 
de se aproximar
anseio jogado as portas
medido na hora
naquele lugar
agora só resta embalo 
de qualquer ternura
peculiar

quinta-feira, 5 de maio de 2011

labareda pulsante

Labareda pulsante
fique mais um instante
meu mar errante
atmosfera de amantes

deixe estar!
corro deste tormento
alimento meu medo  
amansar

vibro, toco e tremo
não me desfaleço...
de amar

quarta-feira, 6 de abril de 2011

vento vazio

Você chegou quieto
e ali ficou
esperou o momento certo
me apaixonou
teus olhos quentes
teu jeito ardente
me encantou
E agora o que eu faço
com tudo que me apavora?
Não sei!
E agora que vais embora
meu coração se parte
no meio da tempestade...
Senti teu coração bater
na noite fria
na noite quente
me fez tanto envolver
que agora de repente...
não sei o que fazer
Não quero deixá-lo ir
não desta vez...
Vamos rodar o mundo
embriaguez...
a vida pode ser bela
casa de boneca, bailarina, velas
lua cheia mais perto da Terra!
A vida é cheia de magia
basta sentir!
A vida é encanto
é poesia
vamos sorrir
me deixe conhecê-lo aos poucos
vamos dançar
encima da nuvem densa
a beira-mar :)

terça-feira, 5 de abril de 2011


o sonho que me alimenta...
labareda do amor infame que me apoquenta...
infinito alheio!

domingo, 3 de abril de 2011

cheiro da noite

O cheiro da noite fria
o cheiro da noite quente
o cheiro que me alivia
passa tudo de repente
O cheiro do amor passou
na porta da minha casa
e tudo se transformou
em plenitude e graça
O cheiro do teu perfume
na minha pele quente
o cheiro do nosso amor
exala na minha mente


sábado, 2 de abril de 2011

olhos de gato :)

Olhos rasgados
olhos de gato
olhos tristonhos
encabulados
Olhos abertos
olhos fechados
olhos risonhos
um tanto encantados
Olhos me rasgam
não canso de olhar
olhos vidrados
no meu caminhar
Olhos pra sempre
perdidos
achados
em outro lugar

sexta-feira, 25 de março de 2011

o carnaval

eu vi o carnaval passar naquela rua
jovem rapaz sorriu
e todo descompasso apressou o passo
botão de flor abriu
fadas, duendes, clarinetas
tambor, samba, pavio
no céu luar clareia
o que atrás esconde
volúpia e brio

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Desarma o amor

Esquece meu endereço
esquece meu celular
joga fora meus emails
e tudo que pude te dar
Nada disso me valeu
depois de tanto desamar
desarma o amor
sou eu
não quero mais amarrar
Longe tudo me parece
que amor e prece
só combinam em outro patamar
Desarma o amor
me esquece
preciso me libertar
de tudo que me empobrece
ao teu lado sem amar
O amor morreu
desencanto meu
nada mais está

domingo, 6 de fevereiro de 2011

na carne...



Realidades mórbidas
compreendidas a pó
Fumaça concreta
espasmos do ser
causas mortuárias
do meu querer
Quero e não quero
nem sei o que
Realidade fria
das paredes sujas
vazias
invadem o coração sombrio
Solidão em companhia
vidas vazias
contidas a ferro
contidas a vil





fotografia da peça Navalha na Carne de Plínio Marcos
atores: Marta Parret, Rogerio Barros, Zé Wendell
direção: Rubens Camelo

Hotel Nicácio - Praça Tiradentes - Rio de Janeiro

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Eu e o vento

Versos incessantes me atravessam
roubam meu sono
roubam meus gestos
Me vejo só
mais uma vez na avenida
estrada sozinha
só eu e o vento
Grito, esperneio, choro
mas nada adianta
ninguém me dá colo
As vezes respiro profundamente
esqueço da gente
de tudo que foi
do que se esvaia
Só resta agora
sonhos do que seria
invadem a porta da mente vazia
insistem em ficar
me fazer companhia
Só uma ilusão!
não há sonhos sem dois
não há vida que atiça
te vejo ficar
me vejo sozinha