quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Eu e o vento

Versos incessantes me atravessam
roubam meu sono
roubam meus gestos
Me vejo só
mais uma vez na avenida
estrada sozinha
só eu e o vento
Grito, esperneio, choro
mas nada adianta
ninguém me dá colo
As vezes respiro profundamente
esqueço da gente
de tudo que foi
do que se esvaia
Só resta agora
sonhos do que seria
invadem a porta da mente vazia
insistem em ficar
me fazer companhia
Só uma ilusão!
não há sonhos sem dois
não há vida que atiça
te vejo ficar
me vejo sozinha